OBSERVATÓRIO EMPREGO

A Distrital de Braga do PSD lançou, em cerimónia que decorreu na sede da Associação Comercial e Industrial de Guimarães, o Observatório para o Emprego do Distrito, por iniciativa da Comissão Política liderada por Paulo Cunha. O Presidente da Distrital lembrou que a Região passou de “industrializada e desenvolvida”, para uma das “mais pobres e periféricas da Europa”. Para Paulo Cunha, tal aconteceu não devido à globalização mas devido às políticas erradas que foram sendo adoptadas em Portugal: “atrevia-me a afirmar que foi devido ao fulgor que o Distrito teve no passado que o Distrito foi votado ao abandono”. Contudo, o líder do PSD distrital acredita que a Região não tem que estar votada ao fracasso, recordando ser um dos Distritos mais jovens do País. “O desemprego, contudo, é motivo suficiente para aqui estarmos hoje. Quis que este grupo reunisse pessoas com elevada responsabilidade. E tive o privilégio de ter tido a aceitação de todos os que convidei”, acrescentou. O Observatório para o Emprego agora lançado pela Comissão Política Distrital do PSD vai monitorizar o que se passa nesta matéria na Região e apontar soluções de desenvolvimento e apoio social e será coordenado pelo Dr. Rui Victor Costa, autor do Projecto VIA, que permitiu a implementação do PIAVE (Plano de Intervenção para o Vale do Ave).

A 28 de Abril, foram apresentadas as primeiras conclusões


O Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, participou na apresentação das conclusões do grupo de missão "Observatório para o Emprego", criado em Novembro de 2010 pela Comissão Política Distrital de Braga com o objectivo de fazer o diagnóstico do emprego e da empregabilidade no Distrito. A sessão, aberta ao público, decorreu na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e contou ainda com a participação de Paulo Cunha, Presidente da Distrital de Braga do PSD, e de Rui Vítor, coordenador do Observatório.
Pedro Passos Coelho deixou fortes elogios ao trabalho desenvolvido pelo observatório. “É uma iniciativa que demonstra dinamismo e preocupação com as preocupações reais dos portugueses”, afirmou. Para Passos Coelho, o governo socialista tem vindo a seguir uma política de emprego “agarrada ao passado”, limitando-se a trabalhar para “mascarar a gravidade da situação do país”. “Nenhum negócio dura eternamente se olhar apenas para o passado, devemos saber modernizar-nos e resistir dessa forma às mudanças a que os novos tempos obrigam. Precisamos urgentemente de outra liderança, capaz de trazer confiança, de nos abrir ao mundo e acrescentar verdadeiro valor à economia”, realçou perante uma plateia repleta de centenas de pessoas.
Na opinião do líder do PSD, investir não significa fazer TGV´s nem auto-estradas, mas sim apostar em “reformas estruturais” e num “investimento que seja reprodutivo”. “Não podemos comprometer as gerações futuras apostando em investimentos ruinosos. Vamos precisar de gastar dinheiro, mas em investimentos rentáveis e que tenham verdadeiros méritos”, afirmou, deixando ainda uma promessa: “Da nossa parte, tudo faremos para que a economia cresça e seja possível gerar emprego”.
Para atingir esse objectivo, “o programa do PSD vai estar focado em fazer crescer Portugal”, e isso passa por “exportar mais dando as mãos a países que falam português e que podem ajudar Portugal a chegar a novos mercados”.
Pedro Passos Coelho criticou também os gastos excessivos do actual governo, considerando existir muito dinheiro em Portugal a ser gasto em “coisas inúteis”. “Precisamos de gente competente que questione qual a utilidade de cada serviço do estado”, declarou, afirmando de seguido que o país não pode continuar a ser liderado por governantes que “não se responsabilizam” pela situação que criaram. 
“Com um governo que ‘ dê o litro’ e honre os seus compromissos, não tenho dúvidas de que meteremos as finanças públicas em ordem”, acredita Passos Coelho.
A finalizar, o presidente do PSD manifestou enorme confiança na vitória nas eleições marcadas para 5 de Junho: “O governo vai ter de mudar e eu sei que vai mudar", disse.

País precisa de soluções e medidas específicas para cada região
Antes do discurso de Passos Coelho, Rui Vítor, coordenador do “Observatório para o Emprego”, apresentou as conclusões do trabalho desenvolvido pelo organismo.
“Tentamos perceber a realidade do nosso distrito, ouvindo as populações, as entidades responsáveis, os empresários e os trabalhadores”, destacou.
O coordenador realçou que Braga é uma região jovem e dinâmica, que no entanto tem sido vítima do “alheamento” do poder central face aos sectores tradicionais. “Actualmente, a indústria representa apenas um terço da actividade económica do país. Assistimos a uma excessiva terciarização da economia que nos tem sido prejudicial.”
De acordo com as conclusões do observatório, é importante que exista um plano de desenvolvimento regional adequado. “O país tem especificidades diferentes, e necessita de soluções e medidas próprias e ajustadas para cada região. Esses planos devem ser articulados para fomentar a economia e o emprego”, disse Rui Vítor.
Nesse sentido, deve-se olhar para os sectores tradicionais com “respeito”, e apoiar as áreas em que “somos melhores que os outros”. Esse paradigma, para Rui Vítor, tem-se perdido em detrimento de uma “aposta cega” em sectores tecnológicos de ponta.
O coordenador do observatório sublinhou que é também fundamental adequar a formação e incrementar a qualidade da educação. “Precisamos de técnicos nas nossas escolas que façam a ligação com a indústria”.
Para terminar, Rui Vítor frisou que tem plena confiança que a actual situação em que o país se encontra é ultrapassável, se formos capazes de “saltarmos as barreiras, essencialmente as ideológicas, que nos dividem e remarmos todos no mesmo sentido”.
“A vontade das pessoas deve ser ouvida, construindo-se assim soluções de unidade e definindo-se rumos seguros para a região e para o país”, finalizou.


Todas as notícias sobre o Observatório AQUI